Como representações
gráficas, os Mapas Conceituais (Faria, 1995) indicam as relações existentes
entre conceitos, conectando-os através de palavras-chave e oferecendo estímulos
adequados aos educandos. Também, servem como instrumentos de transposição do
conteúdo sistematizado em conteúdo significativo no processo de
ensino/aprendizagem.
Introduzir o estudo dos mapas
conceituais na escola primária, segundo Novak & Gowin (1999, p. 40), é a
melhor forma de facilitar a aprendizagem significativa dos alunos e ajudá-los
claramente a verem a natureza e o papel dos conceitos, bem como as relações
entre eles, tal como existem nas suas mentes e como existem lá fora, no mundo
ou em instruções escritas ou orais.
Foi iniciada a Meta 3 dos
Projetos de Aprendizagem – Mapa Conceitual, na turma 42, da EEEF Otaviano
Manoel de Oliveira Júnior, em Guaíba/RS. Foi escolhido um dos grupos que já
estava com o PA adiantado (Grupo 2: Os Planetas e o Universo – O que é
Universo?), a fim de descrever essa Meta 3.
Num primeiro momento, a
professora passou a conversar com a turma sobre como seria interessante terem
um “caminho” daquilo que aprenderam nos projetos. Para isso, sentou-se com cada
grupo dando exemplos de como poderiam ser construídos esses caminhos (levou
alguns Mapas Conceituais impressos, simples sobre temas não abordados em seus
projetos).
Explicou que deveriam iniciar o
mapa partindo do conceito principal do trabalho, ou seja, se pensassem de forma
decrescente o que seria o “maior e principal” do projeto? Sobre isso todos
concordaram que seria o Universo. A partir daí, foi questionando sobre o que
haviam aprendido sobre o Universo, e eles foram acrescentando outros conceitos.
Após acharem que todos os conceitos estavam elencados, partiram para a
elaboração do mapa em si. As perguntas geravam em torno da forma como um
conceito se ligaria ao outro, e, assim, chegaram a necessidade das ligações, ou
seja, de que forma um conceito se ligava ao outro. A professora explicou que
essas ligações seriam as relações entre um conceito e outro, que teriam que
ligá-los através de palavras-chave. Assim, continuou estimulando a construção
do Mapa Conceitual do Grupo 2: Os Planetas e o Universo – O que é Universo?
Não foi fácil essa construção,
foi necessário um acompanhamento intenso. Porém, acreditamos que isso seja
superado a medida em que formos fazendo novos estudos sobre os Mapa
Conceituais, favorecendo seu uso em nossa prática pedagógica, visto que, assim,
as dificuldades na transposição do conteúdo sistematizado em conteúdo
significativo no processo de ensino/aprendizagem se diluam ao fazerem parte do
cotidiano das professoras e dos alunos.
Portanto, consideramos que o Mapa
Conceitual é uma estratégia de ensino eficaz, pois utilizamos como forma de
observar como é que os alunos estruturam seus conhecimentos e constatamos que
passam a conhecer mais sobre o tema em estudo, havendo um aumento significativo
em suas aprendizagens.
FAGUNDES, Léa da Cruz; SATO,
Luciane Sayuri; MAÇADA, Débora Laurino. Aprendizes
do futuro: as inovações começaram! São Paulo: Agência Espacial Brasileira,
2006. Disponível em:
<https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1881763/mod_folder/content/0/Aprendizagens%20do%20futuro.pdf?forcedownload=1>
Acesso em: 20 de maio 2017.
FARIA,
de Wilson. Mapas Conceituais: aplicações
ao ensino, currículo e avaliação. São Paulo: EPU - Temas Básicos de
Educação e Ensino, 1985.
NOVAK,
J. D. e GOWIN, D. B. Aprender a aprender.
2. ed. Lisboa: Plátano, 1999, 212p.
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