EDUAD086 - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL
Polo: Porto
Alegre Turma: D
Grupo: Eliane Toniolo, Mára
Moura, Michelle Toniolo
Região: Metropolitana de Porto Alegre
Eliane Toniolo:
07/04/2018:
Segundo Freire (1993, p. 77
apud ALFERES), palavra assume o sentido de dizer o mundo e jazer o mundo. Ou seja,
palavra verdadeira é práxis social comprometida com o processo de humanização,
em que ação e reflexão estão dialeticamente constituídas:
ação e reflexão, de tal
forma solidárias, em um interação tão radical que, sacrificada, ainda que em
parte, uma delas, se ressente, imediatamente, a outra. Não há palavra
verdadeira que não seja práxis. Daí que dizer a palavra verdadeira seja
transformar o mundo. (p, 77)
Referências:
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2388211/mod_resource/content/0/20170601130727.pdf
Acesso em 6 abr. 2018.
07/04/2018:
Segundo Borges (in STRECK, REDIN, ZITKOSKI, 2016, p. 34):
Sem sombra de dúvida,
as intervenções de Freire passam a demarcar, criticamente, sua concepção de
alfabetização-educação, ou seja, de que há duas possibilidades de fazer
pedagogia: uma, a partir de uma prática alienante e universalizante; outra, a
partir de uma prática libertadora e dialógica, pois não há neutralidade em
alfabetização-educação.
Ainda, conforme apontamentos de Borges (in STRECK, REDIN, ZITKOSKI, 2016, p. 35):
Aprender a ler e
escrever, mesmo que seja um desejo individual legítimo (para melhorar de vida)
e uma necessidade imposta socialmente, não pode esgotar-se nesses dois
aspectos, ao contrário, a alfabetização precisa ser compreendida como um
conhecimento ampliador, pois alfabetizar-se "é participar, junto com
outras pessoas, de um universo ampliado da própria curiosidade humana. Essa
matriz da consciência, junto com o conhecimento e o sofrimento" (BRANDÃO,
2006, p.441).
08/04/2018:
Para Freire (1985), o processo de alfabetização caracteriza-se no
interior de um projeto político que deve garantir o direito a cada educando de
afirmar sua própria voz, pois, segundo o autor, “a alfabetização não é um jogo
de palavras; é a consciência reflexiva da cultura, a reconstrução crítica do mundo
humano, a abertura de novos caminhos (...) A alfabetização, portanto, é toda a
pedagogia: aprender a ler é aprender a dizer a sua palavra” (FREIRE, 1985, p.
14 apud ALFERES, s/d, p. 2).
Ainda sobre alfabetização,
Alferes (s/d) afirma que:
Atualmente, para que
possamos nos considerar alfabetizados, não basta saber ler e escrever, ou seja,
a ideia de alfabetização vai muito além do domínio do alfabeto. Na perspectiva
de Freire (1999a) a educação que visa alfabetizar de fato, tem que ser também
uma educação problematizadora, que serve à libertação, realizando a superação
da contradição entre educador-educandos. Afirma a dialogicidade e se faz
dialógica, buscando a negação do homem enquanto ser abstrato, isolado, solto,
desligado do mundo. (p. 5)
Referências:
ALFERES,
Márcia Aparecida. Alfabetização e
Letramento: tecendo relações com o pensamento de Paulo Freire. Disponível
em:
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2388211/mod_resource/content/0/20170601130727.pdf
Acesso em 6 abr. 2018.
BORGES,
Liana da Silva. Alfabetização. In STRECK, Danilo R; REDIN, Euclides, ZITKOSKI, Jaime
José. Dicionário Paulo Freire. Belo
Horizonte: Autêntica Editora. 2016. 3a edição. Disponível em:
<https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2388209/mod_folder/content/0/Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o.pdf?forcedownload=1>
Acesso em 6 de abr. 2018.
GIROUX, H. A. Alfabetização e a pedagogia do
empowerment político. In: FREIRE, P.; MACEDO, D. Alfabetização: leitura do
mundo, leitura da palavra. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. Disponível em:
https://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1465869
Acesso em 6 de abr. 2018.
Conforme Giroux (s/d, p. 2), “o analfabetismo não
é meramente a incapacidade de ler e escrever; é também um indicador cultural
para nomear formas de diferença dentro da lógica da teoria da privação
cultural”. Realmente, quando nos deparamos com o conceito de analfabetismo,
somos remetidos a algo além da incapacidade de ler e escrever, pois existe uma
perda de uma vantagem social e cultural.
A privação cultural reduz as possibilidades
econômicas e sociais do adulto. Portanto, o analfabetismo traz privações de
longa distância e principalmente a perda de bens culturais. A condição da
pessoa analfabeta acabou transformando-se num estigma negativo e excludente.
É difícil conceber essa realidade tão presente
no Brasil, quando pesquisamos e nos deparamos com as estatísticas, não
imaginamos o alcance do analfabetismo e suas privações. Aqui no Rio Grande do
Sul, raramente encontramos um jovem que não saiba ler ou escrever um bilhete
simples, geralmente são pessoas idosas que não tiveram acesso à escola no
interior de onde moravam.
07/04/2018:
A alfabetização numa perspectiva crítica
pretende proporcionar o amadurecimento da consciência, problematizar os
conflitos e as diferenças de classes existentes na sociedade. Um educando que
possui a consciência crítica irá refletir, meditar e se tornar uma pessoa
capaz.
Na perspectiva de Freire (1999ª, apud ALFERES)
a “educação que visa alfabetizar de fato, tem que ser também uma educação
problematizadora, que serve à libertação, realizando a superação da contradição
entre educador-educandos”. Nesse aspecto, a tomada de consciência de que
alfabetização vai muito além de se aprender o alfabeto é primordial.
É imprescindível refletir nos nossos métodos
enquanto educadores, e o papel da alfabetização em nossas práticas docentes.
08/04/2018:
ALFERES,
Márcia Aparecida. Alfabetização e
Letramento: tecendo relações com o pensamento de Paulo Freire. Disponível
em:
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2388211/mod_resource/content/0/20170601130727.pdf
Acesso em 6 abr. 2018.
GIROUX, H. A. Alfabetização e a pedagogia do
empowerment político. In: FREIRE, P.; MACEDO, D. Alfabetização: leitura do
mundo, leitura da palavra. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. Disponível em:
https://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1465869
Acesso em 6 de abr. 2018.
SITE Valor econômico.
IBGE: Brasil tem 11,8 milhões de analfabetos; metade está no Nordeste. Publicado em 21/12/2017. Disponível em:
<http://www.valor.com.br/brasil/5234641/ibge-brasil-tem-118-milhoes-de-analfabetos-metade-esta-no-nordeste>
Acesso em 6 abr.2018.